O Controle Social encerrou nesta sexta-feira (30/11) o último ciclo dos debates que precederam o 8º Simpósio Nacional de Ciência Tecnologia e Assistência Farmacêutica (8º SNCTAF), que será realizado nos próximos dias 10 e 11 na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.
O evento, promovido pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) e organizado pela Escola Nacional de Farmacêuticos (ENFA), em parceria com a Organização Pan-americana de Saúde (Opas) e Fiocruz, aconteceu em Ribeirão Preto (SP) e contou com a participação de estudantes, conselheiros municipais e estaduais de saúde, usuários e profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS).
Para a diretora da Faculdade de Medicina da USP Ribeirão Preto, Margarete Castro, que participou da cerimônia de abertura, é fundamental estender as discussões em defesa da temática, principalmente na atual conjuntura brasileira. “Quanto melhor nos prepararmos, melhor será o nosso diagnóstico. Esse é o momento de fazermos isso e enfrentarmos os desafios que se avizinham”, avalia.
“O momento agora é de resistir. O que estamos fazendo aqui hoje é construir a resistência para a 16ª Conferência Nacional de Saúde”, completa a diretora regional sudeste da Federação Nacional dos Farmacêuticos, Ana Claudia Navarro.
O último encontro preparatório aconteceu nos dias 29 e 30 de novembro. O ciclo de debates percorreu todas as regiões do país, passando por Manaus (AM), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Fortaleza (CE), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), Belém (PA) e Salvador (BA), além de Ribeirão Preto (SP).
Mais de 300 propostas rumo à etapa nacional
A construção coletiva envolveu os mais diferentes atores sociais para a elaboração de propostas sobre ciência, tecnologia e assistência farmacêutica, que impactam na vida de todos os brasileiros. Ao todo, foram apresentadas mais de trezentas propostas, que foram sistematizadas em cento e vinte para serem analisadas e defendidas no 8º SNCTAF.
“Através de encontros como esse podemos entender que equidade é diferente de igualdade, que privilégio é diferente de inclusão Somos nós os responsáveis para mudar isso”, afirma o diretor da Fiocruz São Paulo – Ribeirão Preto, Rodrigo Stabeli.
“Não se faz ciência sem se colocar no lugar do outro. Saúde não deve ser vista como processo de adoecimento e assistência, mas sim como qualidade de vida para todos”, avalia a conselheira nacional de saúde Altamira Simões.
As propostas aprovadas no 8º SNCTAF devem compor o documento Carta do Rio de Janeiro que será apresentado nas conferências municipais e estaduais que precedem a 16ª Conferência Nacional de Saúde, em agosto de 2019.
Saiba como participar da etapa nacional do 8º SNCTAF
#PraCegoVer – a imagem de capa mostra os debatedores diante da plenária sentados à mesa. Todos olham para um telão onde aparece a imagem de Ronald dos Santos, presidente do CNS.
Fonte: Conselho Nacional de Saúde