Pelo menos cinco mil pessoas já estão confirmadas na Marcha em Defesa da Saúde, da Seguridade e da Democracia, que será realizada na quarta-feira (6/7), na Esplanada dos Ministérios. O Conselho Nacional de Saúde (CNS), que está à frente da organização do ato, espera a participação de milhares de representantes de diversas entidades de todo o país. O evento será marcado por atividades paralelas, como o lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa do SUS, que está marcado para à tarde do dia 5, no Plenário I da Câmara dos Deputados.
Segundo o presidente do CNS, Ronald Ferreira dos Santos, o movimento da quarta-feira é uma forma de evitar que retrocessos das conquistas garantidas pela Constituição de 1988, que implantou o Sistema Único de Saúde (SUS). “É chegada a hora de lutarmos pelos direitos obtidos com a promulgação de nossa Carta Magna, há quase 30 anos”, observa o dirigente. “Não queremos nenhum direito a menos”, acrescenta Ronald Santos. Ele ressalta que hoje a Saúde sofre com uma série de ataques, principalmente no Congresso, onde tramitam diversos projetos contrários ao setor.
Uma das propostas envidadas pelo governo interino ao Congresso que está sendo alvo de críticas das entidades participantes da marcha é a proposta de Emenda Constitucional 241/2016. A PEC tem como objetivo reduzir as despesas sociais para as próximas décadas. O governo, com a intenção de obter o superávit primário para pagamento dos juros da dívida pública, vai comprometer os gastos federais em saúde. Com isso, segundo Ronald, Estados, Municípios e o Distrito Federal sofrerão o impacto principalmente no atendimento da população. “O fato é que somente com mobilização e organização conseguiremos barrar a extinção de nossos direitos”, afirma o presidente do CNS.
Programação
Também na terça-feira (5/7), será realizado, entre às 19h e 23h, o encontro da Frente Democrática e Saúde, que aconteceria na Universidade de Brasília (UnB). Ao mesmo tempo acontecerá a “Virada Social”, com atividades culturais e discussões. O ato será uma vigília pré-marcha. Na quarta-feira, a mobilização começa às 9h com uma concentração em frente à Catedral Metropolitana de Brasília. Os movimento segue em direção ao gramado do Congresso Nacional, onde serão realizados atos em defesa da saúde, da seguridade e pela democracia.
Por Edson Luiz
Assessoria CNS