O Conselho Nacional de Saúde (CNS) promoveu a oficina para incorporação da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF/OMS), no sistema de informação em saúde. O evento foi realizado durante o 3º Congresso Brasileiro de Política, Planejamento e Gestão em Saúde, que ocorre em Natal (RN) até o dia 4 de maio.
O objetivo da oficina foi reafirmar a Resolução 452, publicada pelo CNS em 2012, e discutir formas para a implementação da classificação internacional na rotina de serviços do SUS e da saúde suplementar.
A CIF é um modelo de estrutura da Organização Mundial da Saúde (OMS) para gerar dados confiáveis e comparáveis sobre a saúde de indivíduos e populações. Atualmente, todo planejamento ocorre somente com base em indicadores de morbidade e mortalidade. “Com a implementação da CIF teremos condições de elaborar diversos outros indicadores e planejar de acordo com a real necessidade da população. Ela é uma ferramenta importantíssima para a avaliação das condições de vida e para fazer realmente com que o conceito amplo de saúde funcione”, avalia a fisioterapeuta Ana Cristhina Brasil.
A oficina prática abordou o Plano Plurianual, a fim de discutir estratégias para divulgação da classificação nas gestões municipais. Também discutiu o uso da CIF nos serviços de saúde (da atenção básica à especializada) e a tabulação de dados e inserção dos indicadores nos sistemas de informação.
“A promoção dessas oficinas pelo Conselho é um ganho enorme, porque permite construir, junto com gestores, acadêmicos e representantes de movimentos sociais, alternativas para a implementação da CIF no dia a dia. Isso pode mudar o conceito e modelo de atenção e cuidado em saúde que temos hoje”, avalia a fonoaudióloga e ex-conselheira nacional de saúde, Maria Cristina Pedro Biz.
Esta é a terceira oficina que o CNS promove sobre o tema. As outras foram realizadas durante o 11º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, em 2015, e da 22ª Conferência Mundial de Promoção da Saúde da UIPES, em 2016.
Confira a Resolução 452/2012, publicada pelo Conselho Nacional de Saúde, que dispõe sobre o uso da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde no SUS, incluindo a Saúde Suplementar.
Viviane Claudino
Assessoria do CNS