O Conselho Nacional de Saúde (CNS) recebeu nesta quinta-feira (9/11), durante a 299ª Reunião Ordinária, representantes do Ministério da Saúde para apresentação de um panorama sobre o combate ao Aedes Aegypti, responsável por transmitir a dengue, o vírus da zika e a chikungunya.
Com o aumento das chuvas, cresce também os riscos de proliferação do mosquito, uma vez que os recipientes voltam a acumular água, o que ativa os ovos e proporciona o desenvolvimento das larvas. A vigilância epidemiológica é pauta permanente do colegiado, que realizará neste mês a 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde (CNVS), em Brasília. “Este tema é de extrema importância nesse momento e ilumina os debates que temos feito no Conselho”, avalia o presidente do CNS, Ronald dos Santos.
Segundo informações do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis (DEVIT) da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), 5287 municípios brasileiros estão infestados pelo Aedes aegypti. Os dados são de 2017.
Áreas com grandes aglomerados urbanos e a falta de saneamento básico estão entre os fatores que dificultam a erradicação do inseto. Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades, apontam que 30% dos municípios utilizam lixões sem destino adequado e 50,3% dos domicílios não possuem coleta de esgoto.
Entre as estratégias de rotina apresentadas para o combate ao mosquito está a mobilização da comunidade e o trabalho diferenciado com os agentes comunitários de saúde e de combate às endemias, para que a comunidade tenha acesso a informações mais detalhadas.
“É muito importante fazer um mapeamento das áreas para direcionar de forma mais adequada o tipo de trabalho, como estratégia para atender as áreas mais necessitadas”, avalia a representante da DEVIT/SVS, Tatiana de Ázara.
Repelentes tópicos e espaciais, cortinas e telas estão entre os métodos de proteção individual apresentados para evitar o contato de mulheres grávidas com o mosquito.
Também foram apresentadas estratégias complementares de combate ao mosquito, ainda em fase de implementação ou pesquisa. Entre elas, mosquitos transgênicos e a utilização de armadilhas auto disseminadoras – armadilhas impregnadas com larvicidas utilizadas em larga escala, onde a fêmea ao colocar os ovos fica impregnada com o larvicida e contamina outros criadouros.
Ascom CNS