Rosana Leite de Melo, secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19, deu a declaração durante a 168ª Reunião da Mesa do Conselho Nacional de Saúde (CNS), realizada em formato telepresencial nesta quarta-feira (20/10)
A secretária da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid do Ministério da Saúde, Rosana Leite de Melo, afirmou nesta quarta-feira (20/10) que o cenário da pandemia da Covid-19 no país é mais “comportado”, mas que a pandemia ainda não acabou. Rosana deu a declaração durante a 168ª Reunião da Mesa do Conselho Nacional de Saúde (CNS), realizada em formato telepresencial, onde falou sobre as ações estratégicas adotadas pela Secretaria Extraordinária durante a pandemia,
“Hoje o cenário hoje epidemiológico do nosso país é um cenário mais comportado, mas a pandemia não acabou”, afirmou a secretária.
Rosana Leite de Melo é médica. Ela assumiu o cargo em junho deste ano por indicação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Em sua manifestação diante dos representantes da Mesa do Conselho, a secretária alegou que há uma cultura no Brasil que dificultou a implementação das medidas de contenção ao vírus. Entre estas, ela citou o distanciamento social.
“Para nós, o distanciamento é doloroso. Então, muitas vezes, um parâmetro que é usado lá [em outros países] não serve para a gente”.
De acordo com a secretária, há um planejamento do Ministério da Saúde para que toda a população do país seja vacinada, mas ela não citou qual a idade mínima do público que será realizada a vacinação da terceira dose. De acordo com ela, já há um entendimento junto ao Ministério da Saúde de que todos os idosos com idade acima de 60 anos receberão a dose de reforço da imunização contra a Covid-19.
“Estamos acompanhando de perto o que está acontecendo no mundo e o que podemos esperar para o próximo ano”, disse.
Moysés Toniolo, representante da Mesa Diretora do CNS, alertou a secretária que uma das questões mais sentidas pela população desde o começo da pandemia foi a falta de uma coordenação efetiva dos trabalhos por parte da Secretaria.
“Por mais que pareça um panorama comportado, a pandemia não acabou. A gente precisa de uma coordenação sendo feita pela Ministério da Saúde. É responsabilidade do ministério acenar para a sociedade o que é cientificamente comprovado. A questão é que temos pontos que precisamos avançar”, afirmou.
Vanja dos Santos, conselheira integrante da Mesa Diretora do CNS, afirmou que, desde o começo da pandemia no país, um dos principais problemas visualizados pela entidade foi o afastamento das ações do Ministério da Saúde com as necessidades apontadas pelo controle social.
A manifestação da conselheira foi corroborada pelo presidente do CNS, Fernando Pigatto. Ele ressaltou que as notas técnicas, ofícios e demais posicionamentos feitos pelo controle social na Saúde durante a pandemia tiveram eco na sociedade. Pigatto aproveitou a oportunidade para criticar a demora por parte do Ministério da Saúde para a entrega de informações solicitadas pelo Conselho.
“A gente não pode ficar esperando dois meses por uma informação. Aí não dá, né?”, criticou o presidente do CNS.
Neilton Araújo, conselheiro membro da mesa diretora do CNS e representante do Ministério da Saúde no colegiado, afirmou que a pasta está usando o período da pandemia para ampliar as informações repassadas à população.
Foto: Ascom CNS
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