O Conselho Nacional de Saúde (CNS), por meio da Comissão Intersetorial de Políticas e Promoção de Equidade (Cippe), vai realizar dia 21 de outubro às 16h, o webinário “Transcomunicação em Rede – Criando oportunidades de integração entre Ambulatórios Trans pelo Brasil”. As inscrições para certificação seguem abertas e podem ser feitas por meio de formulário. O evento será transmitido via facebook e youtube do CNS e terá interpretação em Língua Brasileira de Sinais (Libras).
O objetivo é analisar os desafios que a população trans no país vive diante do atual desmonte das políticas públicas voltadas para o segmento. A Cippe também visa propor o estímulo à criação de uma rede integrada entre Ambulatórios Trans, aproximando as demandas destes importantes espaços das pautas do controle social na Saúde, principal responsável por deliberar sobre o Sistema Único de Saúde (SUS).
Os convidados e convidadas representarão a gestão de ambulatórios, o Ministério da Saúde e entidades que atuam com a pauta dos direitos LGBTQIA+. A iniciativa do webinário compõe o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de alunos da Especialização Comunicação em Saúde, da Fiocruz Brasília.
Debatedoras e debatedores
- Rafaela Damasceno, secretária executiva do Instituto Nacional de Mulheres Redesignadas (Inamur);
- Bianca Lopes, parceira da Regional Goiás da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra);
- Kátia Souto, doutoranda em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e ex-conselheira nacional de Saúde e LGBT.
- Theo Brandon, homem trans, negro, ativista, graduando em medicina pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb/Salvador).
- Luiz Fernando Marques, médico sanitarista com atuação em questões de gênero no Adolescentro e Ambulatório Trans da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF).
- Altamira Simões, conselheira nacional de Saúde, coordenadora da Cippe/CNS (mediação).
A Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, foi aprovada pelo CNS em 2008 e publicada pela Portaria nº 2.836, de 1º de dezembro de 2011. De lá até aqui, muitas conquistas foram possíveis, mas ainda há muitos desafios a serem enfrentados diante de tanto estigma e violências que vêm aumentando nos últimos anos.
Processo Transexualizador no SUS
O Processo Transexualizador no SUS foi instituído em 2008, passando a permitir o acesso a procedimentos com hormonização, cirurgias de modificação corporal e genital, assim como acompanhamento multiprofissional. O programa foi redefinido e ampliado pela Portaria 2.803/2013.
No Brasil há atualmente cerca de 33 espaços, entre hospitais e ambulatórios, especializados na área. São um avanço para a população trans brasileira e uma grande conquista dos movimentos sociais. Contudo, a efetivação desse programa ainda é necessária diante dos ataques e violências que a população LGBTQIA+ vivencia em inúmeros aspectos, o que vem fragilizando os direitos conquistados.
Mais informações
- O quê: Webinário Transcomunicação em Rede – Criando oportunidades de integração entre Ambulatórios Trans pelo Brasil.
- Quando: 21 de outubro às 16h
- Onde: facebook e youtube do CNS
- Como: Inscrições para certificação via formulário
- Informações: (61) 3315-2150/ 3821 (procurar Cippe)
Foto: nito100/Getty Images
Ascom CNS