O Conselho Nacional de Saúde (CNS) realizou nesta quinta-feira (19) a plenária sobre o direito à saúde como forma de resistência. A atividade integra o Fórum Social das Resistências, que segue até sábado. Na ocasião, os participantes sugeriram uma unificação das diversas frentes dos movimentos sociais em defesa do SUS.
O presidente do CNS, Ronald Santos, apresentou um balanço das ações do Conselho em 2016. Ronald ressaltou a importância da mobilização social em defesa da democracia. “Tivemos duas grandes linhas de atuação no ano que passou. A primeira foi a defesa da liberdade de organização do povo brasileiro, que luta bravamente pela nossa soberania popular, e a segunda a de assegurar nossa democracia participativa”, disse.
Para o vice-presidente do Conselho Estadual de Saúde do RS, Itamar Santos, os conselhos municipais de saúde têm papel fundamental no fortalecimento da democracia participativa, que no dia a dia da comunidade sabe o que realmente acontece com a saúde da população. “O controle social tem o dever de informar as pessoas sobre as políticas de saúde e as ameaças que fazem com que esse direito acabe”, afirmou.
Controle Social
O deputado e presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do RS, Valdeci Oliveira (PT/RS) atribuiu os grandes avanços no âmbito do direito à saúde aos movimentos sociais. “Se hoje temos a saúde como um direito garantido na Constituição Federal, devemos agradecer aos movimentos sociais. Tivemos uma importante ascensão e cada vez mais os setores conservadores munem de argumentos que querem desconstruir o SUS. Acredito que os conselhos hoje devam virar comitês em defesa do SUS”, enfatizou.
A enfermeira Lilian Vergara, de Macapá/AP, relatou a dificuldade de se trabalhar com as comunidades ribeirinhas. “Além dessas pessoas conviverem em situações precárias, que vão desde o saneamento básico, até a saúde coletiva, os profissionais de saúde, enfrentam a falta de compromisso dos gestores em seus vínculos de trabalho. Nossos salários são baixos e não acompanham o piso brasileiro.
O Fórum Social das Resistências é um encontro temático inspirado no Fórum Social Mundial, que teve sua primeira edição em 2001, também na capital gaúcha. Na prática, o Fórum Social das Resistências é um contraponto ao Fórum Social Econômico, que ocorre também nesta semana em Davos, na Suíça. De acordo com a organização do evento, são esperadas 20 mil pessoas até o próximo sábado (21).
Créditos da foto: Artur Custódio
Mariana Moura
Assessoria do CNS