O balanço dos 100 primeiros dias de Ricardo Barros à frente do Ministério da Saúde foi apresentado nesta quinta-feira (06/10) aos conselheiros durante a reunião do Pleno do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Para alguns dos participantes, faltou mais cuidado na atenção básica dos usuários por parte dos planos do gestor.
Para o presidente do CNS, Ronald Santos, a presença do ministro na reunião é parte das obrigações inerentes ao gestor público. “Dar transparência aos atos é uma das obrigações mais importantes do gestor. A população precisa saber o planejamento até para que depois tenho o que cobrar do governo. Isso é muito importante”, ressaltou.
Em sua apresentação, Barros destacou a informatização dos serviços de saúde com prioridade do governo. “Integrar o controle das ações, permitindo o melhor atendimento ao cidadão, a correta aplicação dos recursos públicos e o fornecimento de dados para o planejamento do setor”, afirmou.
O ministro prometeu, ainda para esse ano, o aperfeiçoamento do prontuário eletrônico dos cidadãos, que será integrado aos serviços de saúde em âmbito nacional. O novo sistema deve dar agilidade no atendimento ao cidadão ao concentrar dados e históricos do paciente. “É a qualificação e otimização da consulta recebida, além de auxiliar na fiscalização e controle de fraudes”, disse.
Para o conselheiro de saúde Dalmare Anderson, houve uma grande diferença no foco da atenção aos serviços apresentados pelo ministro. “Houve uma restrição com relação aos hospitais públicos, o que me parece que há uma predileção aos hospitais filantrópicos. Preocupa saber como será feito esse trabalho para quem realmente acesse esse tipo de serviço. Vivemos uma grave crise nos atendimentos aos usuários e temos de estar atentos para essas mudanças”, destacou.
Os municípios de todo o país têm 60 dias para adotar o prontuário eletrônico nas unidades básicas de saúde. Com a plataforma digital, todos os serviços de saúde da cidade poderão acompanhar o histórico, os dados e resultados de exames dos pacientes, além de verificar em tempo real a disponibilidade de medicamentos ou mesmo registrar as visitas de agentes de saúde.
Mariana Moura
Assessoria CNS
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