O Conselho Nacional de Saúde (CNS) aprovou, nesta terça (3/05), uma moção de apoio e solidariedade à Keila Simpson, presidenta da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), que foi impedida de entrar no México e participar do Fórum Social Mundial, no último domingo (1º/05), por não ter o seu nome social retificado em sua documentação.
Para o Conselho, a ativista brasileira Simpson sofreu grave violação aos direitos humanos, pois não teve sua expressão de gênero respeitada. “A deportação de Simpson é uma evidente expressão da transfobia institucional, que afeta cotidianamente mulheres e homens transexuais em todo o Brasil, haja vista que da delegação brasileira, composta por 20 defensores e defensoras de direitos humanos cisgêneros, somente Keila Simpson, que é uma travesti negra, não conseguiu ingressar no país apresentando a mesma documentação que os demais”, informa a moção.
A ativista brasileira foi detida ao desembarcar, mesmo com visto regular e com reserva coletiva da delegação que participaria do FSM e ficou cerca de 10 horas sem comunicação, já que seus telefones foram confiscados no aeroporto.
A Antra já comunicou as autoridades brasileiras e mexicanas, assim como a Comissão Interamericana de Direitos Humanos para que seja feita retratação e que sejam tomadas as medidas cabíveis.
Foto: Antra