A primeira Conferência Nacional Livre de Saúde das Populações Migrantes contou com a participação de 876 pessoas, sendo 570 presenciais (65,1%) e 306 online (34,9%). Haviam representantes de 19 cidades, 12 estados e do Distrito Federal. Foram elaboradas 60 propostas e diretrizes a serem remetidas à 17ª Conferência Nacional de Saúde.
Com o tema migrar com saúde e com direitos, o encontro preparatório para a 17ª Conferência Nacional de Saúde reuniu populações migrantes, ativistas, pesquisadores, profissionais e gestores de saúde se reunirão com o propósito de debater diretrizes e propostas para a elaboração de uma política nacional de atenção à saúde das populações migrantes, refugiadas e apátridas.
O conselheiro nacional de saúde Roberto Portela, e integrante do Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM), ressaltou a importância do momento histórico de reconstrução do país e da realização da 17ª CNS, que também contará com uma delegação composta apenas por migrantes.
“Os desafios para a população migrante acessar o SUS são muitos e variados. Aspectos envolvendo equidade no acesso aos serviços, dificuldades em relação à comunicação, à documentação civil do refugiado que não é compreendida pelos servidores da saúde, falta de compreensão frente a algumas práticas culturais, estão entre as barreiras a serem enfrentadas”, destacou Portela.
Ele também destacou que a coleta insuficiente de dados pelo SUS para a construção de indicadores socioeconômicos e epidemiológicos, fundamentais para a elaboração de políticas publicas em saúde voltadas para essa população, também como um desafio a ser enfrentado.
Também comporam a mesa de debates: Igor Rodrigues assessor do Departamento de vigilância em saúde ambiental e saúde do Trabalhador SVSA/MS; Aline Caixeta, Procuradora Regional dos Direitos do Cidadão Ministério Público Federal/RJ.
Ascom CNS