O presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Ronald Santos, convocou nesta quinta-feira (27) “o movimento sindical a trazer para si a defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e do direito constitucional à saúde”. Ronald participou de ato da Força Sindical alusivo ao 28 de abril, Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. O evento foi realizado na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e contou com mais de 70 organizações sindicais.
“Os movimentos sindicais precisam inserir a defesa do SUS em sua lista de prioridades”, disse Ronald, ao destacar que os trabalhadores “são os maiores prejudicados pela asfixia financeira promovida contra o SUS pelo atual governo”. As declarações forma feitas durante painel intitulado “O papel do movimento sindical na defesa do SUS na atual conjuntura”.
Ronald acrescentou que as reformas encaminhadas pela base governista ameaçam fortemente a qualidade de vida dos trabalhadores. Ele lembrou que o estado de saúde de uma pessoa é resultado de vários determinantes sociais, como emprego, salário, moradia, acesso a saneamento básico, aposentadoria, lazer, entre outros. O presidente do CNS, em seu discurso, também prestou homenagem às vítimas de acidentes e doenças do trabalho.
No ato da Força Sindical, outros conselheiros nacionais de saúde também participaram. Geordeci Menezes de Souza, representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e coordenador da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (CISTT) do CNS, fez uma explanação no painel “A importância do movimento sindical na participação do controle social no campo da saúde do trabalhador”.
Fernando Pigatto, representante da Confederação Nacional de Associações de Moradores (Conam) e coordenador da Comissão Intersetorial de Vigilância em Saúde (CIVS) do CNS, apresentou informe sobre a Conferência Nacional de Vigilância em Saúde, que o Conselho realizará no segundo semestre deste ano. Também esteve presente o conselheiro nacional de saúde João Scaboli, representante da Força Sindical.
Mariana-MG
Há exatamente um ano, em 27 de abril de 2016, o CNS também prestou homenagem às vítimas de acidentes e doenças do trabalho. Na ocasião, conselheiros nacionais de saúde participaram, em Mariana (MG), do Seminário Nacional de Saúde e Segurança do Trabalhador e da Trabalhadora: Desafios e Perspectivas.
Durante o evento, foram lembradas as 19 pessoas mortas durante a tragédia de Mariana, ocorrida em novembro de 2015, quando o rompimento da barragem da empresa Samarco despejou toneladas de dejetos de mineração no Rio Doce.
“Foi nesta terra que o Brasil começou a lutar por sua independência. Aqui, foram criadas as primeiras escolas superiores do nosso país. A luta pelas vítimas da tragédia precisa ser constante e o Conselho luta ao lado dos trabalhadores pela justiça”, afirmou Ronald Santos na ocasião.
Jorge Vasconcellos
Assessoria CNS