Na análise de Fernando Pigatto, presidente do CNS, é fundamental que a comissão aponte as responsabilidades no texto; parecer deverá adiado para a primeira semana de outubro
O presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto, defendeu nesta segunda (20/09) que a CPI da Pandemia, no Senado Federal, aponte em seu relatório final a responsabilização por quem cometeu crimes contra a população brasileira. O pedido é com relação à crise sanitária no país, desencadeada pela pandemia da Covid-19.
O relatório final do colegiado está sendo elaborado pelo senador Renan Calheiros. Também nesta segunda-feira, Calheiros anunciou que o parecer, que estava previsto para ser entregue até o final desta semana, será adiado para a primeira semana de outubro. Na análise de Pigatto, é fundamental que a comissão aponte as responsabilidades no texto.
“Nossa expectativa é que a CPI aponte as responsabilidades por quem cometeu crimes contra a população brasileira. A dor não pode ter sido em vão. É muito sofrimento para não dar em nada. Portanto, nós acreditamos que o relatório final da CPI deve sim apontar responsabilidades. E quem cometeu crime que pague pelos crimes que cometeu”, afirmou.
A manifestação do presidente do CNS corrobora o posicionamento que foi feito na última semana, quando a Frente Pela Vida, iniciativa formada por mais de 500 entidades científicas da saúde e bioética e pelo CNS, encaminhou uma carta aos integrantes da CPI pedindo que haja punição aos responsáveis pela crise sanitária no país.
Desde o começo dos trabalhos, o CNS e a Frente pela Vida sempre se mostraram favoráveis ao colegiado. Em agosto, o grupo fez a entrega do Manifesto em Defesa da Vida, do SUS e da Democracia aos integrantes da CPI. O texto ressaltou os posicionamentos centrais da Frente pela Vida como o reconhecimento do direito à vida como bem inalienável e o estabelecimento de medidas de prevenção e controle à pandemia com base na ciência no planejamento articulado entre os governos federal, estadual e municipal.
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Ascom CNS