Estudantes, acadêmicos, ativistas sociais, representantes do controle social, usuários, trabalhadores e gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) reuniram-se nos dias 27 e 28 de setembro, para discutir e fortalecer temas que envolvem ciência, tecnologia e assistência farmacêutica.
A atividade aconteceu na Escola de Saúde Pública (ESP) de Minas Gerais, em Belo Horizonte, e encerrou a primeira etapa dos encontros regionais preparatórios para o 8º Simpósio Nacional de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica (8º SNCTAF), que será realizado em dezembro, no Rio de Janeiro.
Os encontros são promovidos pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) e organizados pela Escola Nacional dos Farmacêuticos, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS).
Cerca de trezentas pessoas participaram desta fase, com encontros realizados em Manaus (AM), Curitiba (PR), Salvador (BA) e Recife (PE), além de Belo Horizonte (MG). As próximas turmas serão em Fortaleza (CE) nos dias 8 e 9 de novembro, Rio de Janeiro (RJ) em 22/11 e 23/11 e Brasília nas datas 29 e 30/11.
Bruno Pedralva, presidente do Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte
“Essa discussão é fundamental para os usuários que lutam pelo acesso a medicamentos e para todos os profissionais de saúde que querem uma produção soberana, que garanta uma assistência melhor para a saúde do povo brasileiro. Queremos que a riqueza que a gente produz seja para melhorar a vida das pessoas e não para enriquecer a indústria farmacêutica. Neste momento, defender medicamento gratuito e de qualidade para cada cidadão e cidadã é defender a democracia e defender o SUS”.
Ederson Alves da Silva, vice-presidente do Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais
“É fundamental discutirmos ciência, tecnologia e assistência farmacêutica na atual conjuntura de retrocessos do SUS. Estados e municípios devem se mobilizar para defender propostas que serão levadas para a 16ª Conferência Nacional de Saúde, na construção coletiva de políticas públicas em defesa do SUS”.
Antonio Carlos dos Santos (Feijão), conselheiro municipal de saúde e coordenador da Câmara Técnica de Assistência Farmacêutica de Belo Horizonte
“O debate foi muito rico. Precisamos de farmacêuticos em todas as unidades de saúde. A valorização do profissional é fundamental para toda a sociedade e essa é a proposta que eu defendo”.
Luciana de Melo Nunes Lopes, coordenadora nacional da organização estudantil Universidades Aliadas Medicamentos Essenciais (UAEM)
“Acreditamos que o estudante vai ajudar a construir a solução para esta crise de acesso mundial à medicamentos. Por isso, é fundamental participarmos das discussões e contribuirmos com nossas opiniões. A sociedade civil organizada tem de ocupar esse espaço também”.
Ana Emília de Oliveira Ahouagi, gerente de Assistência Farmacêutica na Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte
“Essa experiência é muito interessante, pois conta com a participação de pessoas de outras localidades e segmentos. Usuários, trabalhadores e gestores trazendo suas propostas, de acordo com os desafios que cada um enfrenta na sua realidade. Isso enriquece muito o nosso olhar sobre o contexto geral”.
Gislene Gonçalves dos Reis, representante do Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais
“Comecei minha atuação em defesa da saúde antes mesmo do nascimento do SUS. Participo sempre de muitas conferências e debates. Eu achei que já sabia de tudo, mas percebi que não sabia de nada. Aprendi muito com todas as falas e apresentações. Foi maravilhoso esse encontro”.
Gean Lucas de Araújo Alves, estudante de farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
“Sabemos que esse evento é de suma importância porque vai democratizar as discussões em torno da assistência farmacêutica, ciência e tecnologia, na construção de propostas que serão levadas para a 16ª Conferência Nacional de Saúde, no ano que vem. Por isso e para incentivar a participação dos alunos, estamos tentando levar uma caravana da UFMG para o simpósio no Rio de Janeiro. O futuro está nas mãos dos estudantes”.
Adriana Martins Maia, ex-conselheira municipal de saúde
“Sem dúvida aprendi muito com este encontro e como multiplicadora é meu dever repassar todo este conhecimento aos usuários do sistema de saúde de Belo Horizonte”
Fonte: Conselho Nacional de Saúde