O plenário do Conselho Nacional de Saúde (CNS) aprovou nesta sexta-feira (8/12) uma moção de repudio à condução coercitiva de que foram vítimas o reitor Jaime Arturo Ramirez e a vice-reitora Sandra Goulart Almeida, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na última quarta-feira (6/12), durante investigação da Política Federal.
Na ocasião, a Polícia Federal foi à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), cumpriu oito mandados de condução coercitiva e onze de busca e apreensão com um aparato de 84 policiais federais, 15 auditores da CGU e dois do TCU, tendo levado em condução coercitiva os atuais reitores e ex-reitores da UFMG e professores na operação denominada “Esperança Equilibrista”.
A PF apura suspeitas sobre a não execução e desvio de recursos públicos destinados à implantação do Memorial da Anistia, financiado pelo Ministério da Justiça e executado pela referida Instituição de Ensino Superior (IES).
Segundo a moção de repúdio, “não há qualquer justificativa plausível para a condução coercitiva de dirigentes universitários, cidadãos e cidadãs conhecidas publicamente, com endereço estabelecido, cumprindo suas funções e que, a qualquer momento, estariam à disposição da Polícia Federal para prestar as explicações que fossem necessárias”.
Os conselheiros nacionais de saúde ainda se somam à indignação já manifestada pela direção da UFMG, conclamando à sociedade e à comunidade acadêmica para a defesa irrestrita da universidade pública, espaço fundamental para a promoção da igualdade na sociedade brasileira, bem como o combate às nossas desigualdades históricas.
Ascom CNS