Quando nos deparamos com informações falsas e fabricadas para prejudicar o debate democrático sobre alguma temática social ou sobre alguma pessoa, chamamos de desinformação ou informação falsa.
Frequentemente, essas informações falsas vêm disfarçadas de opiniões pessoais, sem citação de fonte científica e sem a referência dos trabalhos científicos da pessoa que está sendo divulgada como cientista, indicando que pode ser falsa ou com potencial enganoso. Por isso, precisamos ter muito cuidado para não espalhar boatos sem a devida checagem do conteúdo para não prejudicar o processo de sua identificação.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o termo infodemia é caracterizado como uma superabundância informacional, muitas vezes precisas, outras não, que dificulta o acesso da população às fontes e orientações confiáveis quando precisam delas, podendo colocar em risco a saúde de indivíduos e grupos sociais.
Aproveitando, você sabe a diferença entre uma fake news e uma desinformação?
Fake news é um termo estrangeiro, com muitas interpretações equivocadas no Brasil e no mundo. Significam “notícias falsas”, ou seja, não envolvem todos os tipos de narrativas, apenas a notícia jornalística mesmo. Contudo, se a notícia é o que um jornalismo ético produz, não faz sentido chamar de fake (falso), porque é sinal de que tal informação não foi apurada e nem divulgada com o rigor ético que todo jornalismo deveria ter como princípio.
Por isso, chamar toda e qualquer informação falsa de fake news não é correto, porque o termo não dá conta de explicar os vários tipos e características das informações falsas que circulam. Isto quer dizer que as fake news são só um tipo de desinformação, por isso, o termo mais adequado para nos referirmos à informação falsa é desinformação e não fake news.