O Conselho Nacional de Saúde (CNS), por meio da Comissão Intersetorial de Saúde da Mulher (Cismu), realizou na última sexta-feira (8/10) a etapa Norte do 3º Seminário Nacional de Saúde das Mulheres. O presidente do CNS, Fernando Pigatto, e a coordenadora da Cismu e do seminário, Vanja dos Santos, participaram do evento, que trouxe à tona as principais pautas para a saúde das mulheres no Brasil.
A atividade, realizada de forma online, tem o objetivo de monitorar e avaliar as deliberações aprovadas na 2ª Conferência Nacional da Saúde da Mulher, da Política de atenção integral à saúde das mulheres, estimular e fortalecer a criação das comissões de saúde das mulheres nos conselhos de saúde e iniciar a construção da 3º Conferência Nacional da Saúde das mulheres.
Vanja defendeu que o seminário lançasse um “olhar sobre o Norte”, especialmente no que diz respeito à implementação de políticas públicas voltadas para as mulheres da região.
“Essa é uma região, grande bonita e que tem sido pouco observada nas políticas públicas. A política que chega nos estados chega com menos velocidade e menos intensidade ainda no Norte do país. Precisamos fazer com que essas políticas cheguem. Precisamos igualar os diretos de homens e mulheres. Em momento de crise, os direitos das mulheres são sempre os primeiros a serem atacados, e precisamos estar sempre vigilantes e fazer a vigilância nos nossos direitos”, afirmou.
Vanja aproveitou a atividade para reforçar os pilares que estruturam o CNS, sobretudo no controle social.
“O Conselho Nacional de Saúde terá a missão de levar nossa reivindicação à diante. Nós queremos defender o nosso direito de ter direito. A democracia vem sendo atacada, junto ao direto da população e das mulheres, sobretudo”, afirmou.
Pobreza Menstrual
O presidente do CNS, Fernando Pigatto, manifestou contrariedade ao veto do presidente da República, Jair Bolsonaro, ao projeto – aprovado na Câmara e no Senado – que previa a distribuição gratuita de absorventes higiênicos. A decisão trouxe à tona as dificuldades de promoção políticas públicas capazes de acolher estudantes de baixa renda de escolas públicas e pessoas em situação de rua ou de vulnerabilidade extrema. Segundo Pigatto, o CNS irá trabalhar para que o veto seja derrubado.
“Possivelmente, nos próximos dias, a partir de articulações do Conselho Nacional de Saúde, estaremos formalmente nos posicionamento, mas nossa defesa é lutarmos pela derrubada do veto”, antecipou.
A próxima reunião do seminário será com a região Nordeste, nos dias 15 (19h30 às 21h) e 16 (09h às 17h30); e no Sul/Sudeste será nos dias 22 (19h00 às 21h) e 23 (09h às 18h). O encerramento ocorrerá no dia 25 de novembro, também aberto ao público via redes sociais do CNS, das 19h30 às 21h, as inscrições para participação acontecem via Conselhos Estaduais de Saúde.
Conheça mais a Cismu
A Cismu acompanha as políticas de saúde sob a perspectiva da atenção às mulheres, garantindo o respeito aos direitos humanos, direitos sexuais, direitos reprodutivos e sua autonomia como cidadãs na execução dos serviços do SUS. A comissão luta pela implementação da Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da Mulher a partir das deliberações da 2ª Conferência de Saúde das Mulheres (2ªCNSMu), realizada em agosto de 2018.
Veja a íntegra da reunião da Região Norte aqui.
Foto: Depositphotos/Agência Câmara de Notícias
Ascom CNS