Combater o Aedes aegypti e suas consequências é uma das prioridades para o Conselho Nacional de Saúde (CNS). Apresentado no dia 08.12, durante a 288ª Reunião Ordinária do CNS, o Ministério da Saúde, por meio de suas secretarias, levantou os principais planos de enfrentamento ao vírus, que causa entre outras questões a microcefalia em bebês.
Mariana Leal, da Secretaria de Atenção à Saúde, apresentou a mudança no protocolo nas Orientações Integradas de Vigilância e Atenção à Saúde no âmbito da Emergência de Saúde Pública. De acordo com ela, as gestantes que contraíram o vírus Zika nos primeiros meses de gestação e as crianças recém-nascidas diagnosticadas com microcefalia serão notificadas e incorporadas ao banco de dados e monitoramento do ministério com rapidez e principalmente incorporação no cadastro nacional.
Outra representante da Pasta, Cássia Fernandes abordou o desenvolvimento tecnológico, educacional e pesquisa no diagnóstico e controle vetorial da Zika. Foi apresentada a Rede Nacional de Enfrentamento a Zika – RENEZIKA, que tem entre os principais objetivos repassar informações de pesquisas relacionadas ao vírus, contribuir para a formulação e o aperfeiçoamento de protocolos, além de desenvolver estudos sobre o vírus e doenças correlatas.
Já Bethânia Meireles, da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, levantou as principais iniciativas do MS no processo formativo de combate ao Zika. A técnica apresentou o Plano de Enfrentamento a Zika e suas consequências – Estratégias digitais de educação. “Temos algumas ações no campo da educação que reforçam as ações do MS no combate a Zika, são elas: Universidade do SUS, AVASUS, Tele Saúde, Portal da Saúde baseado em evidências. Todas essas experiências somam o conjunto de forças para o combate ao vírus”, disse.
Para o conselheiro nacional de saúde Nilton Júnior, deve haver um processo de transparências nos projetos e iniciativas apresentadas pelo ministério. “O processo de contratação para pesquisas deve ser amplamente divulgado para que todas as entidades que dialoguem com o tema possam participar sob livre concorrência, atualmente essas seleções acontecem de maneira zelada. Além disso é necessário que os quesitos de raça e cor sejam incorporados as pesquisas”, disse.
Sugestões do CNS
Como deliberação das ações apresentadas pelo ministério, o presidente do CNS, Ronald Santos, sugeriu que as comissões responsáveis pelos temas abordados criem um Grupo de Trabalho sobre o impacto do desenvolvimento das forças produtivas nos processos de trabalho. As duas comissões que atuarão são a de Recursos Humanos e Relação de Trabalho (CIRHRT) e a de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica (CICTAF).
Mariana Moura
Assessoria CNS