Mulheres integrantes do movimento Marcha das Margaridas pediram nesta quinta-feira (02) união de forças para que demandas relacionadas à saúde das mulheres sejam viabilizadas pelos Estados e Municípios. O grupo se reuniu com os presidentes do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) durante o XXXII Congresso Nacional das Secretarias Municipais de Saúde, em Fortaleza.
A Marcha das Margaridas ocorreu em agosto de 2015 e dela resultou uma série de demandas voltadas à saúde das mulheres. Entre essas demandas, destacam-se a prevenção de câncer de mama e colo de útero, a saúde sexual e saúde reprodutiva, o enfrentamento da morte materna, a saúde da mulher trabalhadora e o combate à violência.
A coordenadora da Marcha das Margaridas, Alessandra Lunas, explicou que só a pactuação entre Estados e Municípios pode mudar a realidade hoje enfrentada pelas mulheres, especialmente as do campo. “Temos todas as dificuldades mapeadas, mas só serão resolvidas quando os gestores se engajarem na causa”, afirmou.
As conselheiras nacionais de saúde Juliana Acosta e Carmem Luiz também participaram do encontro. Já o presidente do CNS, Ronald Santos, mencionou a importância de se discutir ações que levem ao melhoramento da saúde das mulheres. “Temos a conferência nacional da saúde das mulheres convocada para o início de 2017. Mas não podemos esperar até lá para atendermos a essas demandas. O esforço tem de ser de todos”.
O presidente do Conasems, Mauro Junqueira, se comprometeu a trabalhar em prol das reivindicações junto aos secretários municipais de saúde. No entanto, elencou dificuldades para avançar na área. “Temos o problema do subfinanciamento do SUS. Os recursos são escassos. Mas mesmo assim, creio que podemos unir forças e, assim, melhorar a saúde das mulheres”, disse.
Do encontro, decidiram montar um grupo para analisar os avanços das demandas enumeradas na última edição da Marcha das Mulheres. As reuniões deste comitê estão previstas para ocorrer mensalmente a partir de julho.
Ederson Marques
Assessoria CNS