A declaração foi feita durante reunião da Mesa Diretora do CNS, ocorrida na sede nacional da Fiocruz, no Rio de Janeiro
A Mesa Diretora do Conselho Nacional de Saúde (CNS) esteve reunida nos dias 23 e 24 de fevereiro, na sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. Atendendo a todos os protocolos de segurança, os representantes do Conselho reafirmaram ações conjuntas ao longo de 2021 para enfrentar a crise sanitária do país, junto à Nísia Trindade, presidenta da Fiocruz.
Para Fernando Pigatto, presidente do CNS, a luta da Fiocruz é referência para os direitos humanos e para a saúde pública brasileira, instituição sempre disposta a fortalecer as ações do controle social. “O Brasil sem a Fiocruz poderia estar ainda pior. É um orgulho tê-la como presidenta dessa instituição, levando adiante a defesa intransigente do SUS, que tem contribuído tanto com a vida dos brasileiros em meio à pandemia de Covid-19”, disse o presidente para Nísia. Pouco antes da reunião, a Mesa havia realizado uma visita ao Bio-Manguinhos, onde tem sido produzida a vacina contra a Covid-19 no país.
Mesa Diretora do CNS conhece produção de vacina contra Covid-19 em Bio-Manguinhos
Nísia Trindade afirmou que a Fiocruz quer reforçar seus laços junto ao CNS para enfrentar os desafios que estão postos. “A pandemia tem impacto em todas as dimensões da vida. É um desastre para o mundo. Precisamos reforçar o sistema de Vigilância em Saúde, a Ciência e a Tecnologia do SUS em todos os níveis de atenção. É um único caminho possível para reduzirmos os grandes males causados por essa pandemia”.
Agenda 2030 e perspectivas desfavoráveis
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são uma coleção de 17 metas globais, estabelecidas pela Assembleia Geral das Nações Unidas para o ano de 2030. Nísia demonstrou preocupação com o tema, pois o Brasil, segundo ela, não alcançará as metas pactuadas.
“Os objetivos da Agenda 2030 não poderão ser plenamente alcançados com essa situação. Poderemos ter retrocessos no mundo do trabalho em vários países, aumento da violência, além da crise econômica. Esses desafios só reforçam nossa responsabilidade de fortalecer a cooperação com o Conselho. Esta casa é do SUS, portanto, é do CNS também”, concluiu.
Além de Pigatto e Nísia Trindade, participaram da reunião os representantes da Mesa Diretora Moysés Toniolo, Elaine Pelaez, Priscilla Viégas, Vanja dos Santos e, virtualmente, André Luiz Oliveira. O chefe de gabinete da Fiocruz, Valcler Rangel, o secretário substituto do CNS, Marco Aurélio Pereira, e os assessores técnicos do CNS, Lucas Vasconcellos e Deise Rodrigues, também participaram da reunião.
Ascom CNS