Conselheiros nacionais de saúde participam, em Mariana (MG), do Seminário Nacional de Saúde e Segurança do Trabalhador e da Trabalhadora: Desafios e Perspectivas. Durante a abertura do evento, foram lembradas as 19 vítimas da tragédia da Samarco, que após rompimento de barragem despejou toneladas de dejetos de mineração no Rio Doce.
A lama tóxica invadiu distritos, destruindo casas, sonhos e ceifando vidas. De acordo com o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Ronald Santos, a escolha do local para lembrar o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças de Trabalho – a ser comemorado nesta quinta-feira (28) – não poderia ter sido melhor. “Foi nesta terra que o Brasil começou a lutar por sua independência. Aqui, foram criadas as primeiras escolas superiores do nosso país. A luta pelas vítimas da tragédia precisa ser constante e o Conselho luta ao lado dos trabalhadores pela justiça”, afirma.
Coordenador da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora do CNS, o conselheiro Geordeci Souza diz que o seminário é sempre um momento de reflexão sobre as lutas e conquistas dos trabalhadores no que diz respeito aos trabalhadores. “Temos de avançar nas garantias trabalhistas, principalmente naqueles que dizem respeito à saúde dos trabalhadores”, afirma.
Além de visita ao distrito de Bento Rodrigues, ponto zero da tragédia, haverá debates sobre diversos temas nesta quarta-feira (27) e uma Audiência Pública da Assembleia Legislativa de MG no centro de Mariana para debater o cenário atual e o desenrolar da situação das famílias vítimas da Samarco.
Participam do Seminário, além do CNS, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Nova Central dos Trabalhadores, sindicatos e entidades ligadas ao tema.
Ederson Marques
Assessoria do CNS