O Conselho Nacional de Saúde (CNS) participou, na segunda-feira (26/07), do encontro virtual promovido pela Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo (Fequimfar). O debate reuniu mais de setenta lideranças para discutir estudos e pesquisas sobre acidentes e doenças do trabalho nos últimos três anos nos setores químico, farmacêutico e de produção de etanol. Os participantes também discutiram os adoecimentos causados pela Covid-19 e desligamentos por morte na indústria química brasileira.
Durante a abertura, o presidente da Fequimfar, Sergio Luiz Leite (Serginho), destacou a importância do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo um exemplo para o mundo, e falou sobre as ações do movimento sindical na luta por vacina para todos, auxílio emergencial de R$ 600, combate à fome e pela preservação da vida.
O presidente do CNS, Fernando Pigatto, ressaltou a luta do movimento sindical em defesa da saúde de todos os trabalhadores brasileiros. “É cada vez mais importante dialogar, debater e aprofundar nossos conhecimentos acerca das consequências da Covid -19 para a saúde dos trabalhadores e trabalhadoras”, avalia.
Para o conselheiro nacional de saúde João Scaboli, que representa a Força Sindical no CNS e é diretor do departamento de saúde do trabalhador da Fequimfar, o momento é histórico, diante da atual conjuntura política, econômica e sanitária no país, e merece profundas reflexões no que diz respeito às ações do movimento sindical na área de saúde do trabalhador. “Temos que fortalecer o controle social, envolvendo os movimentos sociais e sindical, bem como a sociedade em geral”, afirma.
Palestras e debates
O evento contou com a participação de Daniel Ferrer, economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (Dieese), que apresentou dados a respeito do desligamento por morte na indústria química brasileira e apontou as dificuldades no acesso às informações.
Já Roberto Xavier, cientista político e mestre em Gestão de Políticas Públicas, destacou a importância do movimento sindical possuir indicadores em saúde do trabalhador para a tomada de decisões e ações nesta área. O técnico de segurança do trabalho e pesquisador em Saúde do Trabalhador, Rogério de Jesus Santos, fez um panorama sobre a conjuntura da saúde do trabalhador no Brasil e os desafios para o movimento sindical. “Temos que sensibilizar o nosso olhar, entender e agir em nosso território”, disse.
As lutas e conquistas do Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de Trabalho (Diesat), foram apresentadas por Eduardo Bonfim da Silva, administrador, especialista em Saúde do Trabalhador e coordenador técnico do Diesat, que também salientou a importância do movimento sindical estar unido na construção de uma rede de informações para fortalecer a contra argumentação no que diz respeito aos dados e indicadores na área de saúde do trabalhador.
Ascom CNS, com informações da Fequimfar
Foto: Uol