O Conselho Nacional de Saúde (CNS) aprovou, na quinta (26/05), durante a 330ª Reunião Ordinária, a Moção de Repúdio nº 006 manifestando “o mais veemente repúdio à violência policial aplicada na intervenção do Estado no Complexo da Penha, na comunidade Vila Cruzeiro na capital do Rio de Janeiro e pela Polícia Rodoviária Federal contra Genivaldo de Jesus Santos, no estado de Sergipe”. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe apontou que Genivaldo sofreu insuficiência respiratória aguda provocada por asfixia mecânica.
O CNS cita na moção que “a violência cometida pelo aparato penal do Estado, está presente no cotidiano de muitos brasileiros, especialmente da população negra”. E fala sobre a necessidade de combater à violência urbana e refletir sobre a política de morte que implica em custos altíssimos com a compra de poder bélico e sem apresentar qualquer resultado.
“A chamada “guerra às drogas” só serve para brutalizar ainda mais as polícias, que continuam sem capacidade de usar inteligência e investigação para desarticular grupos armados que praticam atividades ilícitas. As operações policiais levam os moradores e a cidade como um todo, a um estado de medo e ansiedade, que abala a saúde mental impactando diretamente na saúde pública e em todo o cotidiano de pessoas faveladas”, afirma o documento aprovado por conselheiros e conselheiras nacionais de saúde.
Leia a íntegra da Moção de Repúdio nº 006
Foto: PILAR OLIVARES /REUTERS 28.05.2022
Ascom CNS