O Conselho Nacional de Saúde (CNS) realizou, nesta quinta (27/01), a Assembleia de convergência: “Em defesa do SUS, da Rede Pública de Proteção Social e dos Direitos das Vítimas da COVID-19”. A transmissão integrou a programação do Fórum Social das Resistências 2022, e segue disponível no Facebook e Youtube do CNS.
O Fórum Social das Resistências é um evento inserido dentro dos processos do Fórum Social Mundial (FSM). A ideia é criar um espaço de articulação, divulgação e ampliação de todas as formas de resistências criadas pelos movimentos culturais, ambientais, políticos e sociais no Brasil e na América Latina.
A assembleia foi uma realização em parceria com o Conselho Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (CES/RS), o Conselho Municipal de Saúde de Porto Alegre (CMS/Poa), a Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas da Covid-19 (Avico Brasil) e a Associação Nacional em Apoio e Defesa dos Direitos das Vítimas da Covid19 – Vida e Justiça.
Para o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto, o evento reforça os posicionamentos da sociedade civil, das trabalhadoras e trabalhadores e das entidades da Saúde diante da pandemia, que ainda não teve fim. “Esta assembleia é um ponto importante dessa convergência que procuramos criar, para poder seguir nesta luta de combate à pandemia”, afirmou ele, que completou.
“É num sentimento de muita esperança que estamos aqui, no esperançar de Paulo Freire. É com muita luta que precisamos garantir que a esperança aconteça todos os dias”.
Em seguida, ocorreu o lançamento do documentário “Se não fosse o SUS…”, realizado pelo CNS, que registra e analisa a crise sanitária a partir de cenas em Unidade Básicas e territórios, com testemunhos de trabalhadoras(es), usuárias(os) e integrantes de conselhos de Saúde.
Além disso, o negacionismo e a falta de ação e coordenação central seguem provocando o adoecimento e a perda de vidas. Para o presidente do Conselho Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (CES/RS), Cláudio Augustin, o documentário reforça a necessidade de uma reconstrução nacional, em que é preciso que manter as forças unidas.
“Esse é um momento de reconstrução nacional, de reconstrução do Sistema Único de Saúde, que mostrou que se não fosse o SUS mais pessoas teriam morrido”, disse.
A representante do Conselho Municipal de Saúde de Porto Alegre, Tiana de Jesus, a Assembleia de Convergência é um momento de “denúncia e de anúncio”. “De denunciar toda a situação do Sistema Único de Saúde desse país, especialmente aqui no município de Porto Alegre, que nesses dois anos de pandemia, tivemos a demissão em massa de trabalhadores e trabalhadoras da saúde, da atenção básica, com o processo de terceirização através do empresariamento da saúde. Estamos aqui para dizer que resistiremos”, afirmou.
Representante da Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas da Covid-19 (Avico Brasil) , Paola Falceta, afirmou que, em nome de todos que perderam familiares e aos que sobreviveram à Covid, é preciso ter força de luta para reconstruir o país. “Muito mais humanidade do que a gente tem vivenciado nos últimos anos. É neste sentimento que estou aqui com vocês”.
Data do FSR 2022 presencial alterada
O FSR 2022 presencial será realizado somente de 27 a 30 de abril, em Porto Alegre (RS). O evento estava previsto para ocorrer de forma híbrida (online e presencial) em janeiro deste, mas a data foi alterada devido ao aumento do número de casos confirmados de Covid-19 em todo o país. Os locais e as atividades que serão realizadas no FSR 2022 serão divulgados em breve. As inscrições para o evento presencial seguem abertas via formulário.
O Fórum Social das Resistências é um evento inserido dentro dos processos do Fórum Social Mundial (FSM). A ideia é criar um espaço de articulação, divulgação e ampliação de todas as formas de resistências criadas pelos movimentos culturais, ambientais, políticos e sociais no Brasil e na América Latina.
Foto: Manuel Alvarez/Pixabay
Ascom/CNS