O Conselho Nacional de Saúde (CNS) publicou na última sexta (12/11) uma moção de repúdio às declarações do Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, proferidas em live realizada pelo mesmo no dia 21 de outubro de 2021. Na ocasião, o chefe de Estado afirmou, por meio de suas redes sociais, a inverdade que vacinados contra a covid-19 estariam desenvolvendo a síndrome da imunodeficiência adquirida, doença popularmente conhecida como HIV/Aids, “mais rápido do que o previsto”.
A recomendação do CNS considerando que, segundo a notícia falsa lida pelo presidente, os dados teriam sido retirados de relatórios produzidos pelo Departamento de Saúde Pública do Reino Unido. “Contudo, na realidade, os relatórios originais não fazem menção desse tipo, pelo contrário, isto é, o comunicado oficial da Agência de Segurança da Saúde no Reino Unido destaca que “as vacinas contra a covid-19 não causam Aids. A Aids é causada pelo HIV”.
O documento do CNS considera também que, em nota, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) afirmou que “não se conhece nenhuma relação entre qualquer vacina contra a Covid-19 e o desenvolvimento de síndrome da imunodeficiência adquirida”.
O CNS afirma ainda que o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids) divulgou uma nota oficial para reforçar que as vacinas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) são a forma mais eficaz de controle da pandemia de Covid-19, e que não há evidência científica que associe a imunização completa ao aumento dos riscos de adoecer em decorrência da Aids.
Ascom CNS