Conselho atuou para instalação e tem se mostrado disponível e auxiliado em todas as demandas
O Conselho Nacional de Saúde (CNS) manifestou apoio à prorrogação dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, que ocorre no âmbito do Senado Federal. O requerimento que pediu a prorrogação é de autoria do vice-presidente da comissão, o senador Randolfe Rodrigues.
Com a leitura do documento, feita pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a CPI está oficialmente prorrogada por mais 90 dias. Os trabalhos têm previsão de encerrarem no começo de novembro. A comissão foi iniciada no último dia 27 de abril e o CNS mobilizou pela sua instalação desde o período de coleta de assinaturas.
Para o presidente do CNS, Fernando Pigatto, é importante que os trabalhos do colegiado se mantenham em atividade enquanto não forem explicitados todos os fatos que dizem respeito à Covid-19. O CNS tem se mostrado disponível a auxiliar a comissão em todas as demandas que sejam necessárias para encontrar os responsáveis pelas medidas erradas adotadas ou não realizadas para amenizar os danos da pandemia no país.
“Defendemos a criação e atuamos para que a CPI fosse instalada, enviamos documentos, estamos colaborando com os trabalhos, o requerimento de convite para comparecermos foi aprovado e apoiamos a prorrogação do prazo, porque que os culpados pelo genocídio têm que ser identificados e responderem pelos crimes cometidos.”
Nesta quinta-feira (15), a CPI realizou o último depoimento antes do período do recesso parlamentar, que tem início nesta sexta. Foi ouvido o representante da empresa Davati no Brasil, Cristiano Carvalho. Os senadores inquiriram o depoente em relação à suspeita de pagamento de propina na negociação de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca, por parte do Ministério da Saúde.
“Os integrantes do Ministério da Saúde e do governo federal que se negaram, por orientação do presidente, a adquirir vacinas em 2020, do Butantan e da Pfizer e optaram por doses pra somente 10% da população do Consórcio Covax da OMS, precisam explicar porque abriram as portas a intermediadores e propostas suspeitas. Há negociações que somente não se efetivaram porque as denúncias chegaram à CPI, o que não isenta quem as concebeu e permitiu que tramitassem. Tem que investigar e punir, ‘doa a quem doer’, porque as maiores dores e tristezas são das famílias de mais de 540 mil pessoas que tiveram suas vidas ceifadas.”
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Foto: Agência Senado
Ascom CNS