A Política Nacional de Vigilância em Saúde (PNVS) é uma construção coletiva em defesa da vida. Esta é a afirmação dos palestrantes durante o lançamento da PNVS na Câmara dos Deputados, em Brasília, realizado nesta terça-feira (07/08).
Construída com a colaboração de gestores, trabalhadores, usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e da sociedade civil, a política articula ações com ênfase na promoção, proteção e prevenção de doenças e agravos e deverá nortear as ações do SUS pelos próximos anos.
O documento foi construído a partir das diretrizes aprovadas na 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde (CNVS), realizada de 27 de fevereiro a 2 de março de 2018, que discutiu as propostas das conferências municipais, regionais, estaduais e livres. A construção coletiva reuniu aproximadamente 40 mil pessoas, ao longo de todo o processo de debates no país, nos últimos dois anos.
Somente nas etapas livres foram mais de três mil brasileiros e brasileiras participando, entre eles pessoas em situação de rua, das populações expostas aos agrotóxicos, das populações do campo, floresta e águas, do povo ROM (ciganos), dos trabalhadores rurais sem-terra e das pessoas atingidas pela hanseníase, que apresentaram propostas específicas para cada segmento.
“Levamos um amplo debate para a sociedade, sobre um tema que ainda era distante da realidade de cada um. Mostramos para as pessoas que a vigilância tem a ver com os problemas do cotidiano e que é fundamental a participação de todos”, afirma o coordenador da 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde (CNVS), Fernando Pigatto, ao destacar a diversidade de público nas 24 conferências livres. “Assim, colocamos em primeiro lugar a vida, contra as políticas de morte que estão querendo implementar”, completa Pigatto.
“A política pública, estabelecida a partir do movimento social e da participação da sociedade, hoje é uma política nacional afirmativa e sistematizada, que representa um importante arsenal de elementos e afirmações para os sistemas de saúde locais”, afirma o secretário de saúde adjunto do Distrito Federal, Marcos Quito.
Ascom CNS