O presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto, se reuniu na quarta-feira (19/12) com a nova representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) no Brasil, Socorro Gross Galiano.
O encontro ocorreu na sede da Opas, em Brasília, com a presença dos integrantes da mesa diretora, conselheiros nacionais de saúde Jurandi Frutuoso, que representa o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Neilton Araújo de Oliveira, do Ministério da Saúde.
A nova diretora da Opas é doutora em Medicina e Cirurgia pela Universidade de Costa Rica e mestrada em Ciências, Epidemiologia, Escola de Saúde Pública, pela Universidade do Texas.
Com a transição do cargo, até então ocupado por Joaquin Molina, a nova diretoria tem se reunido com entidades e instituições que mantêm parceria no Brasil, o que inclui o Conselho Nacional de Saúde.
“Fizemos questão de destacar a fundamental importância da parceria que o CNS tem com a Organização Pan-Americana da Saúde em diversos projetos e na defesa do SUS”, afirmou Pigatto.
Entre os frutos desta parceria, é possível destacar a 15ª Conferência Nacional de Saúde, a 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres, a 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde, a participação no Fórum Social Mundial 2018 e o 8º Simpósio Nacional de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica, finalizado neste dezembro, no Rio de Janeiro. A parceria também se estenderá para a organização e realização da 16ª Conferência Nacional de Saúde (8ª + 8), até agosto de 2019.
“Há ainda os termos e acordos de cooperação que a OPAS mantém com o Conselho Nacional de Saúde viabilizando, inclusive, a própria assessoria técnica do CNS, que atua no desenvolvimento de diversos temas relacionados à saúde dos brasileiros e projetos que fortalecem a luta em defesa do Sistema Único de Saúde”, completa Pigatto.
A Opas ainda apoia o Centro de Educação e Assessoramento Popular (CEAP), que desde 2017 desenvolveu em conjunto com o CNS o projeto Formação para o Controle Social no SUS. Com isso, foram realizadas 70 oficinas, durante 18 meses, com a mobilização de 6.500 lideranças de todos os estados brasileiros.
No dia 3 de janeiro haverá uma reunião de trabalho entre o presidente, mesa diretora e a secretaria executiva do CNS com a Dra. Socorro Gross Galiano e sua nova equipe de assessores. A nova representante da Opas/OMS no Brasil também foi convidada para participar da primeira reunião ordinária do colegiado, que será realizada nos dias 31 de janeiro e 1° de fevereiro, para reafirmar o compromisso entre as instituições.
Fonte: Conselho Nacional de Saúde
Sou Farmacêutica numa Drogaria de Vila a dois anos, tenho percebido que a minha comunidade está muito medicalizada, e que esta, mesmo tendo acesso a exames laboratoriais, diagnóstico e aos medicamentos, a mesma continua muito doente.
Porque isto acontece?
As pessoas por não terem Acompanhamento Farmacoterápico, ao aparecimento de sinais e sintomas, decorrentes ou não dos medicamentos que estão tomando, se são efeitos colaterais dos medicamentos, interação de alimentos com medicamentos ou até mesmo por uso de outros medicamentos não prescritos, acabam indo para os AMAs, onde são socorridos e medicalizada, muitos voltam para casa e ficam aguardando até a próxima consulta para ter seus exames reavaliados e obter uma nova prescrição corrigindo o seu problema. Outros ficam hospitalizados por desenvolverem complicações mais sérias, como nos casos de Diabete (perda de membros), sem contar nos casos de DPOC e Doenças cardiovasculares, que podem levar pacientes a óbito. Estas e outras situações levam a grande desperdício de dinheiro público e quase nada na melhoria da qualidade de vida das pessoas que pagaram por isso a vida inteira. Por outro lado, observa-se Agentes de Saúde, tentando fazer acompanhamento farmacoterapêutico, ISTO É INADMISSÍVEL!
Os pacientes ganham medicamentos, mas não ganham acompanhamento farmacoterapêutico efetivo e eficaz.
Dentro do contexto da Atenção primaria, quando falamos de uma comunidade que tem aproximadamente 7500 famílias, É INADMISSÍVEL também que uma UBS tenha apenas um farmacêutico. Com isto temos assistência farmacêutica muito falha, pecando na finalização de um trabalho que deveria resultar em melhor qualidade de vida e longevidade para sua comunidade.
Hoje a Farmácia como Estabelecimento de saúde tem condições de Sistematizar um conjunto de serviços que vão desde aferições biológicas e fisiológicas até Consultas Farmacêuticas, Acompanhamento Farmacoterapêutico, Encaminhamentos quando necessário, Interação com todos os outros profissionais da área da saúde, etc., além de atender as necessidades dos pacientes poli medicados, estabelecer metas que dê o mínimo de controle sobre suas patologias e reportar aos sistemas informatizados. No entanto, as comunidades carentes não tem condições de pagar por estes serviços, ficando novamente em desvantagem em relação aos pacientes que podem pagar por estes serviços, o que não deveria acontecer. SAÚDE É PARA TODOS!
Em breve, de 04 07 e Agosto, haverá 16ª Conferência Nacional de Saúde. O tema principal da 16ª Conferência é “Democracia e Saúde” e os eixos temáticos são: Saúde como direito, Consolidação dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) e Financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS). Espero que até lá, a Comissão Organizadora do Evento, estude a possibilidade da terceirização dos serviços farmacêuticos para as Drogarias de vila, visando a uma melhor utilização dos estabelecimentos já existentes, melhorando a qualidade de vida dos usuários de medicamentos, pois terão suas patologias sob controle e diminuindo assim o desperdício do dinheiro público.