O Museu Nacional da República foi palco, na manhã desta terça-feira (4/07), do Ato Público em Defesa do SUS, da Vida e da Democracia. A atividade fez parte da 17ª Conferência Nacional de Saúde, o maior encontro de participação social do país, que acontece entre 2 a 5 de julho em Brasília/DF. A manifestação reuniu pessoas delegadas e convidadas da 17ª CNS, além de movimentos sociais, coletivos de ativistas e parlamentares de todos os cantos do Brasil, unidos em um só propósito, a defesa do maior Sistema de Saúde do Mundo, o Sistema Único de Saúde (SUS).
Em sua fala, o presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto, enfatizou a felicidade desta 17ª CNS estar acontecendo, e como este é um marco na história do controle social do Brasil. “Há quatro anos atrás, nesse mesmo lugar, nós vínhamos de um golpe e já havia a instalação de um governo de extrema direita. Agora, estamos no poder e retomando a democracia do nosso país”, destacou. Pigatto ressaltou também as grandes conquistas deste último semestre junto ao Governo Federal, salientando a resolução nº 712/2023, que aloca conselhos locais de saúde em todas as unidades básicas de saúde do país. O documento, de acordo com o presidente, “radicaliza a democracia unindo e reconstruindo o Brasil, para que o país seja melhor para todos, todas e todes”, finalizou.
O ex-ministro da Saúde Agenor Álvares também compareceu ao já tradicional Ato Público das Conferências Nacionais. Saudou os delegados e participantes do evento e disse, empolgado, em cima do carro de som: “me perguntaram agora há pouco qual a importância da Conferência e eu respondi que tem muitos significados. É o momento de apresentação das mais diferentes pautas e dos segmentos que lutam por uma vida melhor, para sair da invisibilidade, que lutam para se apresentar e conquistar direitos, e garantir o direito à saúde”, encerrou Álvares. Deputados distritais e federais marcaram presença, entre eles, as deputadas Erika Kokay (PT/DF), Samia Bonfim (Psol/SP) e Alice Portugal (PcdoB/BA).
Para a deputada federal Alice Portugal, “essa é uma conferência de renascimento do SUS, da democracia, e acima de tudo, de afirmação das nossas lutas pela dignidade salarial dos trabalhadores da saúde”, declarou. Já Samia Bonfim, também deputada federal, iniciou seu discurso saudando trabalhadores e trabalhadoras da saúde que participam da 17ª CNS, e afirmou: “todos os dias o SUS é fruto de luta e de conquistas dos seus trabalhadores e do povo brasileiro, e não dá mais pra aceitar os desmontes cotidianos dos nossos postos de saúde e hospitais”, destacou.
Além disso, para a deputada federal Erika Kokai, a conquista da população pelo SUS é nossa maior comemoração. Em alto e bom som, Erika bradou que “a saúde não é mercadoria e nem pode estar em balcão de negócios. A saúde é do povo brasileiro, é qualidade de vida. E qualidade de vida é felicidade, e saúde é construtora da felicidade. O SUS é um patrimônio imaterial da humanidade”, concluiu.
O Ato público em defesa do SUS foi recheado também por movimentos populares, sindicais e de luta pelas categorias de usuários, trabalhadores e gestores do SUS. Faixas e cartazes reivindicando a saúde e a democracia, coloriram o vão do Museu Nacional da República na manhã de um dia de mudanças que já chegou.
Por Fernanda Guedes/Rede Colaborativa de Comunicação da 17ª CNS