Durante a 328ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS) realizada nesta sexta (17/12), em formato híbrido, em Brasília, os novos conselheiros e conselheiras nacionais de Saúde, eleitos para a gestão 2021-2024, cobraram o Ministério da Saúde mais recursos ao Sistema Único de Saúde (SUS) e atenção diante das sequelas geradas pela pandemia.
Rodrigo Cruz, secretário executivo do Ministério da Saúde, saudou a importância do controle social para aprimoramento das políticas públicas. “O Conselho tem um papel fundamental para a gente desempenhar e entregar para o usuário uma saúde de qualidade diante da magnitude e importância do SUS. Todo trabalho para que a gente consiga aplicar corretamente os recursos públicos é de extrema relevância. Essa vigilância constante é importante para que a gente acerte, indicando o melhor caminho para aprimorarmos as políticas públicas”, afirmou.
Vitória Davi Marzola, conselheira representante da União Nacional dos Estudantes (UNE), apontou as perspectivas de atuação do CNS ao longo da nova gestão. “O que fizemos até aqui foi fundamental para a manutenção do SUS e do controle social. Precisamos da permanência da Vigilância em Saúde com a pandemia. Vamos permanecer batendo na tecla porque tivemos perdas irreparáveis”, disse.
Segundo ela, “precisamos pensar coletivamente como vamos dar atenção à demanda represada que a pandemia trouxe. São muitas cirurgias eletivas previstas, também precisamos de foco na atenção primária”. Vitória também destacou a necessidade de consolidar a atuação conjunta e o diálogo com o Ministério da Saúde.
Elaine Pelaez, conselheira nacional de Saúde representante do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), falou sobre o termo de cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), assinado na quarta-feira (15/12) pelo Ministério da Saúde, que permite o estímulo às ações de controle social.
“Precisamos reafirmar a importância e a defesa da autonomia do CNS na gestão dos seus recursos e ações, aprofundando esse princípio que é tão importante”. Ela também criticou a insuficiência de recursos para enfrentamento à pandemia e para as ações de vacinação, destacando a morosidade da gestão da Saúde diante das ações contra a Covid-19.
Vanilson Torres, conselheiro representante do Movimento Nacional de População de Rua (MNPR), lembrou dos inúmeros sofrimentos gerados devido à negligência do governo federal na condução das ações contra a pandemia. “Quem mais padece com a pandemia é a população de rua, os LGBTQIA+, a população negra, de periferia. Quando esse pesadelo passar, teremos muitos desempregados. Isso aumentará o batalhão de pessoas em situação de rua”, disse. Para Vanilson, “o CNS é uma grande escola que contribui para a vida do povo brasileiro”, finalizou.
Gestão 2021-2023
Os conselheiros e conselheiras nacionais de Saúde foram eleitos no último mês e empossados, na tarde de quinta (16/12), em Brasília. Na ocasião, definiram os novos nomes que vão compor a Mesa Diretora do controle social nacional na Saúde pelos próximos três anos. O presidente do CNS, Fernando Pigatto, foi reeleito para a presidência do órgão colegiado ao Ministério da Saúde.
Ascom CNS